terça-feira, 10 de agosto de 2010

Brasileiros conseguem medalhas em olimpíada de física

A equipe brasileira que participou da 41ª Olimpíada Internacional de Física (International Physics Olympiad - IPhO), realizada entre 17 e 25 de julho em Zagreb, na Croácia, voltou para casa com cinco medalhas de bronze. É a primeira vez que toda a equipe brasileira, formada por cinco estudantes do ensino médio, recebe medalhas.

A competição acontece anualmente e o Brasil participa desde 2000, por iniciativa da Sociedade Brasileira de Física. No ano passado, o país ganhou quatro medalhas: duas de prata e duas de bronze. O Brasil é o país da América Latina com maior número de medalhas conquistadas na IPhO.

A equipe foi formada pelos estudantes Rodrigo Alencar (CE), Filipe Rodrigues de Almeida Lira (PE), Cássio dos Santos Sousa, Gustavo Haddad Braga e Rodrigo Silva, os três últimos do Estado de São Paulo. Todos são alunos de colégios particulares, quatro estão no terceiro colegial e um no segundo – Gustavo, o primeiro estudante brasileiro do segundo ano a participar da olimpíada.
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Os brasileiros concorreram com 380 estudantes de 80 países. De acordo com o regulamento da competição, as medalhas são atribuídas proporcionalmente: 8% dos participantes recebem a de ouro, até 25% de ouro ou prata e até 50% de ouro, prata ou bronze. As provas aconteceram em dois dias da programação, uma com três problemas teóricos e outra com dois práticos, cada um valendo dez pontos (50 no total). Gustavo, o mais bem-colocado entre os brasileiros, fez 27,5 pontos e ficou na 150ª posição.

Rotina de provas

O professor Euclydes Marega Júnior, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo, foi responsável por coordenar a equipe. Ele conta que os alunos começam a preparação para a competição cerca de dois anos antes, com uma série de provas a partir da primeira etapa da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), que na última edição foi feita por cerca de 250 mil alunos da nona série e primeiro ano do ensino médio, de 4,8 mil escolas de todo o Brasil. Os alunos que foram para Zagreb fizeram essa etapa em 2008.

De acordo com Marega, essa primeira fase já exclui praticamente 80% dos alunos, pois a maioria não atinge a nota mínima para passar para a segunda. Á terceira fase, chegam entre 1000 e 1500 alunos, dos quais são selecionados 60.

Os 60 selecionados passam por uma outra prova em que sobrevivem apenas 12. Esses fazem uma prova que é aplicada no campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). Só então são definidos os cinco que vão para a IPhO. Os sete restantes fazem outra prova que seleciona quatro para a Olimpíada Ibero-Americana de Física (OIbF).

O projeto recebe apoio do governo federal através d O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) .

Gênero

Marega conta que, nesse ano, dos 12 que fizeram a última prova, apenas duas eram meninas. “É uma coisa meio histórica, nas carreiras de exataS sempre temos mais homens, em física, matemática. Internacionalmente também é assim, de vez em quando aparece uma garota por equipe, chuto que seja (ou sejaM?) uns 10% do total (de participantes das olimpíadas).”

Da Redação

Em São Paulo
 
UOL

Um comentário:

  1. Olha ai a prova que os nordestinos são capacitados e inteligentes. Essa é pra quem gosta de falar mal do nordeste.

    vão ter que engolir que é de um nordestino a melhor colocação em uma olimpiada de Física.

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