terça-feira, 25 de agosto de 2009

Golpe de R$ 500 mil

Porfírio foi detido em operação da
Polícia Civil e responde por
estelionato Foto: Eduardo
Maia/DN/D.A Press


O ASG Porfírio de Araújo, 55 anos, transformou um capital de R$ 4 mil em cerca de R$ 500 mil em menos de seis meses, de forma fraudulenta, segundo a polícia. O delegado Flavio Della Valle, da Delegacia Especializada de Atendimento ao Consumidor (Decom), explica que o acusado teria enganado 156 pessoas, oferecendo-as um curso de perfuração de poços de petróleo e prometendo estágios remunerados na Petrobras e emprego garantido. As pessoas, no entanto, estariam sendo lesadas e após denúncias, Porfírio foi preso por volta das 20h da quinta-feira, na Avenida Coronel Estevão, Alecrim.


A polícia cumpriu mandado expedido pelo juiz Gustavo Nogueira, da 10ª Vara Criminal. Equipes do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (Nip) e da 3ª DP do Alecrim participaram da operação. Segundo o delegado Raimundo Rolim, chefe do Nip, Porfírio tinha vindo do Recife (PE), onde estava montando um novo curso, e veio a Natal fazer uma cobrança.


Rolim conta que vários alunos do curso chegaram a vender pertences para pagar o curso, como aparelhos de som e até cachorros. As aulas eram ministradas em salas alugadas de cursinhos. "No decorrer das aulas, os alunos percebiam que o professor não oferecia conteúdo técnico. Na hora de receberem o certificado, ele fugiu".


Para Flávio Della Valle, o atrativo era a oferta de emprego. Segundo o titular da Decom, ele chegava a cobrar R$ 2 mil por curso. O acusado também estaria atuando em Alto do Rodrigues e Ouro Branco. No inquérito, iniciado em junho deste ano, Porfírio será indiciado por estelionato, juntamente com o professor do curso, identificado como Paulo César, que estava na delegacia ontem à tarde e não quis falar com a reportagem. Ele será indiciado, mas não foi preso porque não há mandado expedido.


Porfírio se defende das acusações afirmando que o curso foi ministrado a três turmas. "Terminamos a terceira turma agora, com entrega dos certificados feita pelo Paulo César". Ele alega quenão havia garantias de emprego. Eles apenas faziam o contato com empresas locais para envio de currículos. Segundo ele, não havia irregularidades na documentação, uma vez "que não há qualquer legislação que proíba a ministração de cursos rápidos". A duração das aulas era de dois meses, segundo ele.


O homem diz que abriu o curso ao ver outros serem montados e que investiu R$ 4 mil para o aluguel das salas e contratação do professor. "Também tenho formação técnica como engenheiro mecânico". Ele disse que pretendia abrir o curso na capital pernambucana. "Estávamos iniciando lá".


Ontem à tarde, o Sindicato de das Empresas de Transportes Urbanos de Natal (Seturn), divulgou comunicado informando que documentos apresentados pelo acusado se identificando como funcionário da entidade são falsos.

Fonte: Diario de Natal

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