sábado, 20 de novembro de 2010

Grupo humanitário diz que ação contra surto

Organizações internacionais precisam aumentar e acelerar esforços, diz MSF

A organização humanitária MSF (Médicos Sem Fronteiras) avaliou como inadequada a ação contra o surto de cólera no Haiti, apesar da presença significativa de grupos internacionais no país que tentam conter o avanço da doença.

- Apesar da forte presença de organizações internacionais no Haiti, a resposta ao surto de cólera até o momento tem sido inadequada para atender as necessidades da população. De acordo com as autoridades nacionais, a epidemia já causou mais de 1.100 mortes e já afetou ao menos 20 mil pessoas no país.

No comunicado, divulgado nesta sexta-feira (19), o chefe da missão do MSF no Haiti, Stefano Zannini, disse que todos os grupos e agências no país precisam “aumentar e acelerar seus esforços” para atender a população em risco de ser infectada pelo cólera.
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- Mais pessoas são necessárias para tratar dos doentes e implementar ações preventivas, especialmente no momento em que os casos da doença aumentam dramaticamente por todo o país. Não há mais tempo para reuniões e debates – a hora da ação é agora.

Entre as ações mais urgentes a serem adotadas estão: fornecer água limpa para as comunidades em risco, instalar vasos sanitários e remover dejetos com regularidade, providenciar saneamento para instalações hospitalares e a remoção de corpos com segurança.

De acordo com a organização, já foram estabelecidos no Haiti mais de 20 centros de tratamento de pacientes com cólera na capital, Porto Príncipe, e no norte do país. Mais de 16 mil pessoas já foram tratadas entre 22 de outubro e o dia 14 deste mês e mais de 240 toneladas de suprimentos médicos já foram trazidos ao Haiti.

O número de pessoas procurando tratamento para cólera passaram de 350 na semana encerrada no último dia 7 para 2.250 na semana até o dia 14.

Protestos

Ontem, o enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) ao Haiti, Edmond Mulet, pediu o fim dos protestos motivados pela epidemia de cólera que assola o país.  Nos últimos dias três pessoas das forças de paz da organização, a Minustah, morreram nos protestos.

Ele pediu que os manifestantes parem de bloquear estradas, pontes e aeroportos, para que a ajuda humanitária chegue aos milhares de afetados pela epidemia de cólera.

A ONU informou que os protestos, alguns dos quais acusam os soldados de paz de terem introduzido a doença no Haiti, estão sendo "orquestrados" por interessados nas eleições de 28 de novembro.

De acordo com os dados oficiais, o cólera foi identificado nas dez regiões do Haiti. Na capital, houve o registro de 38 mortes, a maioria delas na favela Cité Soleil. Além disso, a epidemia de cólera inevitavelmente chegará à República Dominicana, país vizinho, mas deverá ter consequências menos graves, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O cólera também já chegou aos Estados Unidos. Autoridades sanitárias da Flórida registraram um caso, de um morador local que visitou a família no Haiti, mas a doença não corre o risco de se disseminar.

Fonte: R7

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